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As Metáforas das Tamareiras

POR VANDI DOGADO  Certa vez ouvi de um palestrante a belíssima lenda de origem árabe que diz: “quem planta tamareira não colhe tâmaras”. Um afoito espectador na plateia interrompeu-o, erigindo a mão direita e, sem aguardar o devido consentimento, logo emendou em tom elevado e extenso: Mas, pooorqueeeee, senhor? O palestrante como se já esperasse o questionamento manifestou um incógnito sorriso e elucidou que a tamareira leva aproximadamente 100 anos para produzir frutos, ou seja, se considerarmos que a plantemos aos 20 anos de idade, teríamos de viver 120 anos para colher suas tâmaras. Considerei o provérbio esplêndido, porque dele se podem extrair nobres ensinamentos de linguagem e de sapiência. Primeiramente, se tomarmos a expressão no sentido denotativo, defrontemo-nos com uma típica falácia, pois, ainda que naquela época a expectativa de vida fosse baixa, haveria exceções para qualquer ser humano que plantasse a árvore antes dos vinte anos. Por exemplo, se uma criança de 10 anos

Como Ignácio Loyola Brandão Decidiu Ser Escritor


Hoje, tive a honra de conhecer o eminente escritor Ignácio Loyola Brandão, uma verdadeira simpatia. Dei-lhe de presente meu livro “O Templo de Aiakos”, em troca ele me concedeu uma grande alegria: suas divertidas histórias, tão gostosas de ouvi-las quanto as que lemos em seus livros. Uma delas chamou-me a atenção: em sua época de escola, Loyola sentia-se excluído e desenturmado, os amiguinhos tinham namoradas, mas o futuro escritor vivia na solidão. Como considerou que não tinha mais jeito, buscou sua namorada no mundo da fantasia, apaixonou-se por Branca de Neve; contudo, incomodava-se com a exploração doméstica que os sete anões impunham a ela. Um dia, sua professora pediu-lhe uma narração justamente sobre Branca de Neve, disse-lhe para usar livremente a imaginação. Então, Loyola não pensou duas vezes e se vingou dos sete anões, matou-os impiedosamente. No intervalo das aulas, passou a ser respeitado e admirado, os meninos comentavam: “Puxa! Ignácio matou os sete anões”. Já as meninas passaram a vê-lo com “outros olhos”. Foi nesse momento que Brandão compreendeu a relevância da Literatura em sua vida, o resto é história. Por falar em história, deixo ao querido leitor a sugestão do livro “O Mel de Ocara”, Editora Global, 2014 de Ignácio Loyola Brandão.

Vandi Dogado, autor de O Templo de Aiakos

Fonte: Coluna Foco Cultural do Jornal Cidade de Barueri


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