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As Metáforas das Tamareiras

POR VANDI DOGADO  Certa vez ouvi de um palestrante a belíssima lenda de origem árabe que diz: “quem planta tamareira não colhe tâmaras”. Um afoito espectador na plateia interrompeu-o, erigindo a mão direita e, sem aguardar o devido consentimento, logo emendou em tom elevado e extenso: Mas, pooorqueeeee, senhor? O palestrante como se já esperasse o questionamento manifestou um incógnito sorriso e elucidou que a tamareira leva aproximadamente 100 anos para produzir frutos, ou seja, se considerarmos que a plantemos aos 20 anos de idade, teríamos de viver 120 anos para colher suas tâmaras. Considerei o provérbio esplêndido, porque dele se podem extrair nobres ensinamentos de linguagem e de sapiência. Primeiramente, se tomarmos a expressão no sentido denotativo, defrontemo-nos com uma típica falácia, pois, ainda que naquela época a expectativa de vida fosse baixa, haveria exceções para qualquer ser humano que plantasse a árvore antes dos vinte anos. Por exemplo, se uma criança de 10 anos

A mais cruel das professoras

POR VANDI DOGADO
"Ela educa habilmente pelo exemplo da dor, mas não é compreendida por muitos"
Todos a ignoram até receberem teu amargo beijo. Mestra insuperável na arte de ensinar que só vale a pena aos humanos o amor e a solidariedade; pois, quando ELA vem se dissipam arrogância, vaidade, orgulho e egoísmo. Óh Impiedosa Professora, por que tua crueldade alertas para o agora? Por que és tão objetiva e tão poucos compreendem a clareza de tuas dolorosas lições. Serás que um dia ainda em Gaia valorizarão aos que amam mais do que o maldito tempo consumido na incessante busca do ilusório poder e da inútil matéria?"
As infrutíferas tentativas de elucidar tuas práticas ceifadoras de vida e ciceronizadora de dimensões desconhecidas ou inexistentes aos amados que PARTIRAM é de fato uma inútil e vã empreitada. Os primeiros dias sem o  ente amado traz contínuas inundações à memória de fatos conjuntamente vividos, sensações táteis experimentadas, odores agradáveis sentidos, sons afáveis jazidos, imagens deleitosas tonalizadas e inúmeras outras rememorações brotadas de nossa confusa mente. A ausência de compreensão pela perda provocará uma imperante dor no peito, um persistente vazio existencial e, às vezes, um incessante desejo do mesmo fim provir. 
Óh Poderosa, quando tu levas uma criança ou um jovem implica maior comoção pela consideração do insuficiente tempo valido, contudo o reinante sofrimento não tem como regra a pouca idade, mas a intensidade de amor sentido pelo fortuito ausentado ou pelo inerente grau de sensibilidade particularizada. Uma vez passado os numerosos dias, vem o poderoso “tempo” desgastar memórias, subtrair dores e devolver à normalidade cotidiana, ainda que jamais se apagará o amor sentido pelos queridos que se foram em nossa passageira e curtíssima viagem por Gaia. Os crédulos no Além encontram maior conforto e esperança em um possível reencontro, atenuando bem mais o sofrimento. Assim, os raríssimos sábios continuam humildemente a caminhar e a esperar tua inesperada visita e os tolos arrogantes continuam a estreita trilha a ignorar teus profundos ensinamentos como se fossem imortais. 
PS: na pandemia muitos flertaram com a morte pensando se tratar de coragem!

 ESTE LIVRO MENCIONA O GENOCIDA DA PANDEMIA. SE É FANÁTICO, AFASTA-SE!


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