As Metáforas das Tamareiras
POR VANDI DOGADO Certa vez ouvi de um palestrante a belíssima lenda de origem árabe que diz: “quem planta tamareira não colhe tâmaras”. Um afoito espectador na plateia interrompeu-o, erigindo a mão direita e, sem aguardar o devido consentimento, logo emendou em tom elevado e extenso: Mas, pooorqueeeee, senhor? O palestrante como se já esperasse o questionamento manifestou um incógnito sorriso e elucidou que a tamareira leva aproximadamente 100 anos para produzir frutos, ou seja, se considerarmos que a plantemos aos 20 anos de idade, teríamos de viver 120 anos para colher suas tâmaras. Considerei o provérbio esplêndido, porque dele se podem extrair nobres ensinamentos de linguagem e de sapiência. Primeiramente, se tomarmos a expressão no sentido denotativo, defrontemo-nos com uma típica falácia, pois, ainda que naquela época a expectativa de vida fosse baixa, haveria exceções para qualquer ser humano que plantasse a árvore antes dos vinte anos. Por exemplo, se uma criança de 10 anos
Vejo na mídia um grande preconceito a "cultura" que não é do Rio-São Paulo, Cristiano Araujo é infinitamente mais conhecido do que Zeca Camargo, alhiás esse, por essa e outras vem cada vez mais perdendo espaço relevante a Globo, sendo jogado de um lado para outro. Gostar é individual, eu também não gosto da musica e Caetano e Gil (Aliás, só faz sucesso na elite carioca e paulista), nem na Bahia faz sucesso, mas gosto não se discute, o problema é volta e meia tem alguém jogando pedra no gênero sertanejo (Diga-se de passagem que nem é mais sertanejo com tempos atrás) simplesmente por que não nasceu no Rio e SP, oura quem faz cultura????? É o povo e não uma parte dele.
ResponderExcluirQuem leu Joseph Campbell sobre os heróis, vê em Zeca Camargo um excelente aprendiz com reflexões acertivas sobre catarse e a carência de heróis em nosso país. Entretanto não é esse o público que assiste s TV. Não temo nesse público pessoas dotadas de inteligência emocional a ouvir outra ótica sobre o mesmo assunto, imagine quem já ouviu falar de catarse. Ele exagerou? Aos meus olhos não. Aos meus olhos passei admirá-lo pelo excelente texto. Já pelos olhos de outros o mimimi está rolando solto. Vale lembrar que a crítica foi gravada e editada antes de ir pelo ar, então a mesma mídia que implacavelmente mantém a comoção influenciada em torno da morte do Cristiano é a mídia que permitiu que um artigo com esse teor fosse ao ar de um funcionário seu, que ao meu ver se torna tão ou mais responsável do que o próprio autor
ResponderExcluirAcho que o que faltou mesmo foi um pouco de síntese e interpretação do que o jornalista Zeca Camargo postou, mas esperar o que se nossa população não está preparada para isso. Realmente a população tá em um momento que qualquer coisa que acontecesse iria justificar toda a comoção, talvez seria a gota d'água que estivesse faltando para o atual momento do país, precisavam de um herói, poderia ser anônimo ou não, alguém que os representassem nesse momento, assim como já tivemos Tiradentes, e até sem querer questionar a religião, Jesus que foi adotado como um mártir para purificar a dor de um posso humilhado, massacrado. O absurdo é que como em tudo que outros tantos utilizaram o evento pra auto promoção como se estivesse participado de um momento histórico e que teria de deixar seu registro em Self sem respeitar a dor e os conceitos de moral e ética de quem quer que fosse. Parabéns Zeca Camargo por sua crônica muito bem escrita e parabéns aqueles que souberam à interpretar. Gilberto Stein
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