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As Metáforas das Tamareiras

POR VANDI DOGADO  Certa vez ouvi de um palestrante a belíssima lenda de origem árabe que diz: “quem planta tamareira não colhe tâmaras”. Um afoito espectador na plateia interrompeu-o, erigindo a mão direita e, sem aguardar o devido consentimento, logo emendou em tom elevado e extenso: Mas, pooorqueeeee, senhor? O palestrante como se já esperasse o questionamento manifestou um incógnito sorriso e elucidou que a tamareira leva aproximadamente 100 anos para produzir frutos, ou seja, se considerarmos que a plantemos aos 20 anos de idade, teríamos de viver 120 anos para colher suas tâmaras. Considerei o provérbio esplêndido, porque dele se podem extrair nobres ensinamentos de linguagem e de sapiência. Primeiramente, se tomarmos a expressão no sentido denotativo, defrontemo-nos com uma típica falácia, pois, ainda que naquela época a expectativa de vida fosse baixa, haveria exceções para qualquer ser humano que plantasse a árvore antes dos vinte anos. Por exemplo, se uma criança de 10 anos

Cesare Battisti sob o pretexto da luta social matou inocentes

POR VANDI DOGADO
Quando um país vive uma terrível ditadura, tolhendo todas as liberdades, evidentemente surgem grupos armados contra a tirania. Trata-se de uma forma de indivíduos buscarem DIREITO e JUSTIÇA. Contudo, há muitas alternativas contra ditaduras que não envolvam armas, todavia isso não subtrai a legitimidade da luta armada contra ditadores. Logicamente, sem que haja atentados, sequestros de inocentes e assaltos, pois, neste sentido, existe apenas criminalidade. 
Menos aceitável ainda é a existência de grupos armados em países que vivem uma democracia e, ao que tudo indica, a Itália não vivia uma ditadura quando Cesare Battisti agiu como suposto guerrilheiro. Aliás, independentemente de ideologias de aceitação ou negação de guerrilhas contra governos tiranos e totalitários, não me parece que seja este o caso do escritor italiano, Cesare Battisti, antigo membro dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo de extrema esquerda ativo na Itália no fim dos anos 1970. Há de se salientar que havia nos anos 60 e 70 na Itália, período conhecido como “Anos de Chumbo” tanto guerrilheiros de extrema esquerda quanto guerrilheiros de extrema esquerda.
Battisti matou muitos inocentes que nada tinham a ver com a luta sociopolíticas, inclusive um pré-adolescente, deixou muita dor emocional em famílias por seus crimes. A meu ver, ele nem mesmo guerrilheiro era, foi um assassino que sob o pretexto da guerrilha se aproveitou para saciar de seu desejo sanguinário. Logo, pelos crimes que cometeu deveria ter sido preso há muitos anos. Alguns governos, inclusive do Brasil, já negaram a extradição de Battisti para a Itália, onde foi julgado e condenado à prisão perpétua, e isso permitiu que vivesse livre até hoje. Se ele fosse um homem de coração benevolente já teria se entregado há anos em memória das vítimas inocentes, mas não aparenta manifestar qualquer arrependimento pelo que fez, nem mesmo de tirar vida de um menino.
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