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As Metáforas das Tamareiras

POR VANDI DOGADO  Certa vez ouvi de um palestrante a belíssima lenda de origem árabe que diz: “quem planta tamareira não colhe tâmaras”. Um afoito espectador na plateia interrompeu-o, erigindo a mão direita e, sem aguardar o devido consentimento, logo emendou em tom elevado e extenso: Mas, pooorqueeeee, senhor? O palestrante como se já esperasse o questionamento manifestou um incógnito sorriso e elucidou que a tamareira leva aproximadamente 100 anos para produzir frutos, ou seja, se considerarmos que a plantemos aos 20 anos de idade, teríamos de viver 120 anos para colher suas tâmaras. Considerei o provérbio esplêndido, porque dele se podem extrair nobres ensinamentos de linguagem e de sapiência. Primeiramente, se tomarmos a expressão no sentido denotativo, defrontemo-nos com uma típica falácia, pois, ainda que naquela época a expectativa de vida fosse baixa, haveria exceções para qualquer ser humano que plantasse a árvore antes dos vinte anos. Por exemplo, se uma criança de 10 anos

Omissão e Mérito

POR VANDI DOGADO
Devemos ser agentes históricos da sociedade, agir em prol de um mundo melhor para nossos semelhantes, logo não podemos desistir de transformar nosso meio. Muitas vezes somos omissos, não interferimos em questões pontuais ou habituais de onde moramos ou trabalhamos e acabamos deixando indivíduos sem o menor compromisso assumir posições que, por competência, não lhe cabem. A omissão é tão ruim quanto à deslavada mentira que alguns ardilosos indivíduos empregam para se apropriarem de funções ou cargos somente pensando em altos salário ou em alentos ao ego. Digo-lhes isso para enfatizar a relevância do “mérito ético”, não são palavras ou currículos que determinarão as competências ou habilidades de um sujeito, são apenas a porta de entrada para o mercado de trabalho, todavia a permanência deverá ser pautada em habilidades e competências e, ainda, no compromisso ético e na dedicação de cada profissional. Se a pedra é dura, deverá ser lapidada e se a montanha é alta deverá ser escalada. Quem disse que tudo precisa ser fácil? Já dizia o gênio Guimarães Rosa que “o animal satisfeito dorme” e, atualmente, há muitos dormindo por aí. Quando a satisfação toma conta de um ser em sua função ou cargo, há necessidade de mudanças. Ele deverá ser trocado para que aprenda o relevante valor da dedicação e das relações éticas. Sabemos que este fenômeno possui duas faces: de um lado o satisfeito e do outro o omisso. 
PS: O mérito jamais poderá ser sobreposto a valores essencialmente humanos a fim de humilhar ou alimentar desnecessárias competições entre profissionais. A única competição no trabalho deverá ser consigo mesmo. Um indivíduo precisa tornar-se amanhã melhor do que é hoje. Caso esteja mais bem preparado do que outros, não importa, é apenas consequência da dedicação e do empenho
Fonte: Jornal Atitude
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