Estudo chileno apresenta a eficácia da Coronavac em dose única

POR VANDI DOGADO

No Chile, ocorreu um estudo amplo com a vacina da Sinovac, a mesma distribuída pelo Instituto Butantan. No Brasil, ainda não haviam divulgado a eficácia do imunizante em dose única. Obviamente, por questões políticas. Esse é um dos graves problemas de politizar a ciência. Embora esta vacina tenha eficácia baixa com apenas uma dose, possui uma adequada proteção com duas doses. Os resultados da quarta fase no Chile ofereceram pela primeira vez a eficácia com uma apenas uma dose. Veja:

Com uma dose:

16% - prevenção contra infecção do Sars-Cov-II;

35,65% - prevenção contra internação;

42,60% - prevenção contra UTI;

40,23% - prevenção contra morte

Com duas doses (espaço de 28 dias de aplicação)

67% - prevenção contra infecção do Sars-Cov-II;

85% - prevenção de internação;

80% - prevenção de morte.

Mesmo após 15 dias da aplicação da segunda dose é possível ter complicações com a Covid-19, inclusive óbito. Lógico que cada caso deve ser analisado. Por certo, indivíduos com comorbidade deve tomar maior cuidado após a imunização. A baixa eficácia com uma dose não desqualifica a vacina chinesa. Nenhuma vacina impede morte em 100%. Dessa forma, trata-se de um relevante imunizante para combater a pandemia. Não é a mais eficaz, porém, é sem dúvidas, a mais segura; seus efeitos colaterais beiram a zero, contrário de algumas vacinas que apresentam casos raros de alergia ou coágulo cerebral. De cada 10 vacinas aplicadas, 8 são da Sinovac. Ela tem salvado vidas no país. Certo é que precisaríamos de todas as vacinas possíveis para extirpar a pior crise sanitária do século XXI. Aliás, uma das piores da história. O atraso na aquisição de vacinas no Brasil já provocaram 150 mil mortes.